quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Resenha - Queria ver você feliz



Sinopse:

Há quem o chame de Eros, Kama, Philea ou Ahava. O Amor, esse personagem mítico, desempenha o papel de narrador na história real do casal Caio e Maria Augusta, pais da autora Adriana Falcão. O Amor se descreve como perfeccionista e obcecado pelos detalhes, nada que o impeça de ser um bocado descuidado com as consequências dos sentimentos que provoca com suas flechas.
Assim, com uma linguagem poética e ao mesmo tempo muito bem-humorada, Adriana revela para seus leitores aquilo que poderia ser descrito como uma história trágica protagonizada por dois personagens atormentados por seus demônios. Apaixonados, Caio e Maria Augusta se casam no Rio de Janeiro da década de 1950 e têm três filhas. Todo o sentimento que eles compartilham não impede que a personalidade exuberante de Maria Augusta se torne mais obsessiva e asfixiante com o passar do tempo, apesar dos medicamentos e dos tratamentos psiquiátricos. Caio, por sua vez, aprofunda uma melancolia que existia nele desde a adolescência, e que culmina nos anos 1970 em tentativas de suicídio.

Mais do que uma história com um final dramático, trata-se de memórias afetivas que alternam momentos de intensa felicidade e outros tantos de dor, como acontece nas melhores famílias.


Minha opinião:

Ainda estou me recompondo, o final desse livro me fez além de chorar, refletir sobre o que eu considero como importante. 
O livro já começa com um personagem manipulador e que intimida muito o leitor, logo nas primeiras linhas você já percebe quem é aquele todo autoritário, falando de si mesmo e se impondo! 
A história de Caio e Maria Augusta poderia ser só mais uma, mas não deixa de nos impressionar, não deixa de nos fazer acreditar nele (o amor).
Creio que a comunicação da época, o que chama tanto à nossa atenção tenha complicado a luta dos dois para estar juntos,e é através de cartas e telegramas que eles tentam dividir sempre seus medos e problemas. 
Hoje em dia tudo seria menos complicado pela facilidade da comunicação, mas creio que talvez o amor dos dois não tinha resistido à tantos altos e baixos. A vida de nenhum dos dois nunca foi fácil, desde sempre enfrentaram dificuldades.O Caio teve que ser forte para ser feliz e fazer feliz a apaixonada Maria Augusta,essa grande guerreira. Muitos em certo ponto do livro dirão que o certo seria o Caio abandonar a "louca " Maria Augusta, mas será que ele conseguiria? Se ele foi forte e soube até certo ponto tomar sua decisões, foi graças a sua amada. Até o casamento seus problemas eram uns, depois com esses resolvidos vieram outros e outros e é assim que devemos pensar na vida, jamais seremos livres de problemas e sofrimentos, mas sempre haverá um motivo pelo qual você irá sempre querer lutar. A Maria Augusta era o motivo do Caio e ele o motivo dela! O tempo ainda lhes deu mais 3 motivos (suas filhas) que com o tempo trouxeram mais motivos. 

A mensagem que fica é a seguinte: Devemos escolher sempre por que e por quem vamos lutar, por que motivo vamos querer ser melhores e superar nossas dificuldades, por que problemas vão surgindo, mas a força de enfrentá-los tem que ser retirada de algo ou alguém e o Caio encontrava na Maria Augusta o que ela também encontrava nele.

Nota: 10 de 10.

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